Este espaço eu reservo para falar das coisas sobrenaturais. Fé, milagres, curas, libertações e tantas coisas que só mesmo nosso único e grande Pai Deus todo poderoso, fez, faz, e vai continuar fazendo em nosso meio.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Jesus x Assaltantes
Há nove anos atrás, eu ainda não tinha carro e numa certa noite recebi o convite de uns amigos/irmãos para fazer uma participação num programa de rádio na 107.7. Nessa época o estúdio da 107 situava-se no prédio da Asplan – rua Rodrigues de Aquino, centro de João Pessoa.
De pronto, aceitei o convite. E pela inconveniência da hora do programa ( 21h) fui acompanhada do meu esposo. Fui, participei e tínhamos combinado com o pessoal que eles nos dariam uma carona de volta. Só que quando faltavam uns 15 minutos para encerrar o programa, ou seja, às 21:45, para não incomodar as pessoas, nem fazê-las mudar a sua rota, resolvemos ir embora de ônibus.
Muita insistência para que esperássemos, afinal só faltavam 15 minutos, mas, realmente eu tava decidida ir embora. Saímos do prédio, por aquela ruazinha que vai dar na Diogo Velho. Pra quem conhece, sabe que aquele trecho é 100% comercial e naquele horário não se vê uma pessoa sequer pela rua. Totalmente esquisito. Mas... não lembramos disso e lá fomos nós pegar o ônibus em frente à Cagepa da Diogo Velho. Bem pertinho dalí.
Andamos uns 150 metros. Já estávamos praticamente na esquina, quando uma moto passou por nós. Fez a volta e veio na contramão, na mesma direção que a gente. Mas não percebemos nada. Daqui a pouco, mais próximo de nós, vimos quando o cara parou bem no meio da rua a moto e ficou com o motor ligado e outro foi ao nosso encontro e já foi sacando uma arma.
Nesse momento eu segurei firme a mão do meu marido e disse: “isso é um assalto”. Como em câmera lenta, o cara se aproximava da gente e eu mergulhada num silencioso desespero, olhei para trás rapidamente e pros lados, na esperança de que alguém nos vise e viesse nos socorrer. Mas que ninguém !
E num gesto reflexivo de quem crer no sobrenatural, olhei pro céu e gritei: “ Jesus chegue aqui, por favor”. E agora, vem a parte mais importante, que eu quero lhes contar. Antes porém, quero dizer não posso obrigar ninguém a acreditar, mas tenho obrigação de dizer que é a mais cristalina verdade. Quando chamei o nome que está acima de todos os nomes – Jesus – numa velocidade luz, parou uma viatura da polícia ( e eles não estavam em perseguição aos bandidos, se assim fosse, os caras da moto não teriam parado para nos assaltar ), desceram quatro homens armados e começam a atirar. O medo tem várias formas de manifestação. Nesse episódio, eu mumifiquei. Quanto mais o policial pedia para eu abaixar ou correr, mas parada eu ficava. Bom, passados alguns segundos nessa agonia, os caras se mandaram na moto e os policiais nos deixaram na parada do ônibus. Quando a ficha caiu, eu entrei numa crise de choro. Passei muito tempo sem sair de casa à noite. Até hoje, ouvir um barulho de moto, me arrepia até a alma. Voltei a vida normal depois que comprei um transporte.
Mas, o que eu quero mesmo dizer com isso tudo é que: esteja onde estiver, na situação mais caótica e sem saída humanamente falando, chame-o. Chame Jesus, Ele tem a saída.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Criança com responsabilidades de adulto
Isso ocorreu no ano de 1987 em João pessoa
No relances de hoje, me veio à memória, a história da vida real de um garoto de 10 anos que apesar da pouca idade já assumia responsabilidades de gente grande. Ele morava com a mãe e mais um irmãozinho, em uma casa que estava prestes a desmoronar na comunidade Beira da Linha, bairro Alto do Mateus.
Estava eu fazendo uma matéria jornalística para o Jornal Correio da Paraíba, na Secretaria de Estado que trata do social e humano, não lembro quem era o secretário na época. E enquanto aguardava minha vez, tive tristeza de conhecer essa história que agora passo a vos contar.
A mãe do menino, que também não lembro o nome, além de ser muito pobre, tinha feito uma cirurgia ( após acidente ) e havia colocado platina nos braços e pernas. A mulher me mostrou o corpo todo parafusado. Ela realmente não tinha condições de trabalhar e havia sido abandonada pelo marido ( é comum o ser humano descartar outro quando este não o serve mais).
A força e determinação do garoto, apesar da pouca idade e da miséria que viviam, era o alento da mãe. Os três ( porque ela teve outro filho ) dividiam um barraco que foi parcialmente destruído durante uma das chuvas fortes. Há anos sem aposentadoria, a situação dos três era bastante difícil. Para poder se alimentar, ou os vizinhos os ajudavam ou a mãe faria exatamente o que estava fazendo naquela tarde que a conheci: pedindo ajuda ao governo.
Já conhecido dos donos de restaurante, ele recebia vez por um pouco de comida na hora do almoço. E Quando ele não sentia fome, levava para ela”, revela. O menino ainda tinha a obrigação de cuidar do irmão mis novo. Era ele que dava banho na mãe quando ela acamava ( ela tinha umas crises e paralisava geral ), quem lavava roupas etc.
Nessa história toda, o que mais me chocou ( passei dias pensando nisso ) foi o relato da mãe de que teve noites que ela não tinha nada pra comer nem dar aos seus filhos e os dois choravam de fome. Ela se via tão atribulada de uma forma, sem ter o que dar, sem saber o que fazer, que no desespero, batia neles até eles não agüentarem mais e cair no sono. Ela me contou isso em lágrimas. Lembrei da música de Djavan...” sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar ? sabe lá, sabe lá”! Não a julguei por isso. Quem sabe de nós, somos nós mesmos. Quem pode dizer qual o limite do limite ?
Nunca mais a vi. Tomara Deus que essa história não tenha terminado assim.
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